Enquanto o Brasil debate a necessidade de reformar a Previdência para torná-la mais sustentável e os Estados modificam regimes próprios de aposentadoria com o mesmo objetivo, algumas distorções históricas permanecem intactas aos olhos dos legisladores.
Se hoje um cidadão brasileiro médio precisa somar 95 anos, no caso dos homens, e 85, no caso da mulheres, entre idade e tempo de contribuição, para receber do INSS, no máximo, R$ 5.189,82, ainda há, no Rio Grande do Sul, uma casta de privilegiados que obtiveram aposentadoria vitalícia com apenas oito anos de trabalho. É o caso de integrantes do Fundo Estadual de Previdência do Parlamentar (Feppa), criado em 1972 para garantir pensões a deputados após o fim dos mandatos e que custou, nos últimos 10 anos, R$ 91,7 milhões ao Estado. Os dados foram obtidos por Zero Hora por meio da Lei de Acesso à Informação.