A retomada da construção da usina nuclear Angra 3 – cujos contratos estão na mira da Polícia Federal, do Ministério Público e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na Operação Lava Jato – contou com o aval da presidente Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil, em voto no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
O CNPE, composto por 14 conselheiros, sendo nove ministros de Estado, tem a função de assessorar a presidência da República sobre questões nacionais de energia. Em 2007, a recomendação favorável do órgão possibilitou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizasse oficialmente a retomada do projeto, paralisado desde a década de 80.
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Procurada por meio de sua assessoria de imprensa, a presidente não respondeu aos questionamentos da reportagem até o momento. O Ministério de Minas e Energia, responsável por presidir as reuniões do CNPE, não registra em ata os encontros anteriores a 2008, tampouco faz registro em áudio das reuniões, segundo resposta encaminhada ao Estado, após pedido por meio da Lei de Acesso à Informação