Uma reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo” no domingo, dia 21.jun.2009, revela detalhes do arquivo pessoal do militar Sebastião Curió Rodrigues de Moura, conhecido como major Curió. Os papéis e as declarações de Curió indicam que 41 integrantes da Guerrilha do Araguaia, comandada por membros do PC do B de 1972 a 1975, foram executados pelas forças militares do governo, no norte do Estado de Tocantins.
A revelação desses dados por parte de Curió, que participou da repressão à guerrilha, são mais uma demonstração de como o Brasil sofre por não ter uma legislação clara sobre arquivos produzidos por agentes públicos. As informações originadas no âmbito do Estado ficam restritas muitas vezes a integrantes do governo. Sua divulgação depende da boa vontade de alguns ou do esforço da mídia.
O acervo de Curió, revelado na reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo”, permite acrescentar 16 nomes à lista conhecida de 25 guerrilheiros do Araguaia mortos pela ditadura. O arquivo indica que os militantes foram executados quando já não ofereciam resistência, segundo o jornal.
Para ter acesso ao fac-símile das reportagens do “Estadão”, clique nos links abaixo:
O Estado de São Paulo, capa
Curió abre arquivo e revela que Exército executou 41 no Araguaia
Entre guerrilheiros e "apoios" rede movimentou 256 pessoas
Aumenta a pressão pela abertura de todos os arquivos do Araguaia
"Não se corta erva daninha pelo caule"
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