Os dados de criminalidade divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) são tabulados e enviados manualmente por policiais civis de todos os distritos policiais do Estado para o setor de estatística da pasta. A prática rudimentar segue sendo usada, mesmo com a informatização de todas as ações policiais e a criação do Registro Digital de Ocorrência (RDO), um sistema sofisticado que gera o boletim criminal produzido nas delegacias e distritos policiais.
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No último dia 16, o governo do Estado negou um pedido feito pelo Correio para divulgação, via Lei de Acesso à Informação, dos nomes de todas as pessoas assassinadas em Campinas nos meses de novembro e dezembro de 2015. A justificativa é que existem leis que vedam a divulgação de informações pessoais dos assassinados. Especialistas em direito público e segurança pública, entretanto, acreditam que dados como nome não expõem as vítimas e que as informações solicitadas são de interesse público e social. O Correio recorreu ontem da decisão e aguarda o posicionamento do Estado em cinco dias, prazo estipulado pela Lei de Acesso à Informação.