As faturas da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) revelam uma vida de mordomias e alguns luxos do presidente Carlos Nunes e família. Cobertos em sua maior parte com verbas de origem pública, estão débitos de passagens para incontáveis viagens da mulher do dirigente, Clarice Mancuso Garbi. E no cartão de crédito corporativo da presidência estão mesas fartas, restaurantes de chefes badalados mundo afora com refeições regadas por bons vinhos e até compras de roupas em butiques europeias. Uma festa que começou no início do mandato em maio de 2009 e foi parar nos tribunais, onde o patrocinador (Eletrobras) cobra R$ 4 milhões pelas irregularidades cometidas na gestão do dinheiro.
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Um breve exame por amostragem nos milhares de documentos de prestação de contas da CBB para a Eletrobras, obtida pela reportagem através da Lei de Acesso à Informação, é suficiente para constatar a farra do cartola do basquete brasileiro, apesar da entidade que preside estar endividada e a modalidade quase ter ficado fora das Olimpíadas por conta de inadimplência com a Federação Internacional de Basquete (Fiba).