Em telegramas enviados para o Itamaraty, o cônsul-geral do Brasil em Miami, Adalnio Senna Ganem, deixa clara a sua preocupação com a "falta de critérios claros por parte de autoridades migratórias" dos EUA para a prisão de brasileiros acusados por fraude de visto –na maioria dos casos, quando a pessoa mente durante a emissão do visto americano sobre a permanência nos EUA além do permitido. O diplomata queixa-se ainda de que muitos brasileiros são detidos sem qualquer agravante criminal, exceto pelo delito imigratório, e diz que o consulado não é informado sobre a transferência de brasileiros presos.
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No documento, enviado ao Itamaraty no dia 13 de outubro de 2016 e obtido por meio da Lei de Acesso à informação, o próprio cônsul explica o que são os casos classificados como "fraude de visto", "recorrentes na jurisdição de Miami e representam uma das principais áreas de atuação do Setor de Assistência a Brasileiros", segundo ele.