Criado em 1965 durante a ditadura para bancar a autonomia financeira dos partidos, o Fundo Partidário se tornou a grande fonte de renda das legendas, e hoje financia os mais diversos tipos de despesas. De pilha alcalina e cola em bastão a fretamento de aeronaves e programas de TV; de mel orgânico e chocolate Sonho de Valsa a salários de dirigentes; e de lavagem de tapete e pagamento de pedágio a garrafas de vinho e pesquisas eleitorais de interesses político-partidários de parlamentares da sigla.
A diversidade de gasto foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral, na prestação de contas dos quatro partidos com maior bancada na Câmara — PMDB, PT, PSDB e PP —, critério de distribuição do recurso. Quanto maior a bancada, mais verba. O Fundo é dinheiro público, vindo de dotação orçamentária, multas e penalidades eleitorais.