Dirigentes da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Paraná (Sogipa) querem retirar da internet um aplicativo que, além de inédito, vem sendo comemorado como um aliado das gestantes. A ofensiva é contra o Nascer Bem, criado pelo Núcleo de Jornalismo de Dados da Universidade Positivo. A ferramenta disponibiliza online, para celulares, tablets e computadores dados sobre o perfil profissional dos obstetras que atendem em Curitiba, com base em documentos levantados pelo grupo orientado pela jornalista Rosiane Correia de Freitas. Os médicos ligados à associação contestam os números.
As informações foram publicadas na internet em 18 de outubro. Ao informar o nome do médico, o usuário tem acesso ao número de partos realizados nos anos de 2014, em planos particulares, e 2013, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em uma lista organizada por índice de cesárea ou parto normal.
O presidente da Sogipa, Almir Urbanetz, alega que os dados contidos no site não são fiéis à realidade e podem representar riscos às gestantes. “O critério científico que ela (a jornalista) apresentou tem validade zero”, critica.