Por 11 votos a zero, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o dispositivo da reforma política aprovada em setembro pelo Congresso que permitia as chamadas doações ocultas nas eleições.
Embora provisória –trata-se ainda de liminar em ação da Ordem dos Advogados do Brasil–, a decisão sinalizou que os ministros da corte suprema não compactuam com a tentativa dos partidos de escamotear os vínculos entre doadores e candidatos beneficiados.
A falta de transparência sobre o financiamento é danosa para a democracia. Os eleitores têm direito de apoiar os postulantes com os quais se identificam, mas as doações precisam ser feitas à vista de todos –tanto para que se saiba quem secunda determinada candidatura como para que seja mais fácil fiscalizar a atuação do político.