Você sabia, caro leitor, que todas as empresas brasileiras, de todos os setores, seja no campo ou nas cidades, pagam, todos os anos, uma taxa sindical ao governo federal? E que o governo, de posse desse dinheiro, repassa, por meio da Caixa Econômica Federal, para as entidades sindicais patronais? O dinheiro sai das empresas – que são obrigadas a pagar a taxa -, entra no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e, de lá, seguindo regras estipuladas na CLT (sim, a CLT), ele é dividido pelo governo entre sindicatos (que ficam com 60%), federações (15%) e confederações (5%). Os 20% restantes ficam no FAT, que tem, entre suas obrigações, o pagamento de seguro-desemprego e abono salarial. Sim, os mesmos benefícios que o governo Dilma Rousseff, no início deste ano, restringiu o acesso para ajudar no ajuste fiscal.
Reforço, leitor: falamos aqui de sindicatos patronais e não dos trabalhadores.
Havia, até agora, uma caixa preta aí. Nunca foi dada publicidade sobre esse dinheiro. Quando perguntado, mesmo por meio da Lei de Acesso à Informação, o governo (Caixa e Ministério do Trabalho) sempre negou essas informações, alegando sigilo bancário.